sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A Química do Sono



Todos sabemos a importância de uma boa noite de sono. O que nem todos sabem é que alternância entre o dormir e estar acordado resulta da ação combinada de diversas substâncias químicas no nosso cérebro.
E entre as mais importantes estão a adenosina e a melatonina, duas substâncias com um papel muito ativo na regulação do sono.
A adenosina é um produto secundário do consumo de energia pelo corpo. Os cientistas pensam que a ela se vai acumulando no nosso corpo ao longo do dia, gerando a sensação de cansaço e sonolência que marca o início do processo do sono, sendo depois removida enquanto dormimos, para acordarmos frescos como alfaces! É por isso que adormecemos mais facilmente depois de um dia cansativo e porque nos sentimos cansados quando não dormimos o suficiente!
Um dos mais fortes indícios deste papel da adenosina, é a sua competição com a cafeína. A cafeína liga-se aos mesmos recetores do cérebro que a adenosina, impedindo-a de atuar, o que explica porque é que a cafeína pode impedir-nos de adormecer. Imagine que colocamos pastilha elástica numa fechadura cuja chave é a adenosina; acabamos por conseguir abrir a porta, mas só depois de umas horas a limpar a fechadura.
A melatonina, por seu lado, é uma hormona produzida pela glândula pineal, uma estrutura no interior do cérebro. A presença de melatonina no cérebro inibe o estado de alerta e contribui para que o sono se instale.
A produção de melatonina é extremamente sensível à luz: é estimulada pelo aproximar da noite, mas é inibida logo que a retina deteta luz. A mais pequena luminosidade já reduz a produção de melatonina, o que explica porque começamos a acordar quando o sol nasce, ou porque há pessoas que só conseguem adormecer em completa escuridão.


Episódio da série A Química das Coisas

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